Sobre o andar da carruagem

 
Acho que agora sou obrigada a acreditar nessa tal história que o tempo voa. Ainda mais quando você está no temido ensino médio e tem como companheira a velha e a (nada) boa pressão pré-vestibular. E está a um passo de chegar o ano que fecha um dos ciclos mais extensos e marcantes da vida, que é a passagem pela escola.

Ah, a escola. Ame-a ou deixe-a, talvez dissesse Médici perante as condições de aluno. Você, ainda uma criancinha, sai de toda a sua zona de conforto e mimos do lar e vai pra vida real. Mas, poxa, eu sempre achei divertido, talvez porque sempre tive professores incríveis, especialmente, na infância. E a gente aprende coisas que achávamos impossíveis. Desde aprender a multiplicar até a descobrir que dividir seus materiais e seu lanche, poderia ser muito legal.

Aí vem o ensino fundamental II, em que seria necessário acordar cedo. Brrrrrrrrr, até hoje não me dou bem com o relógio, mas, sinceramente, estudar de manhã e ver aquelas pessoas mais velhas na mesma escola que eu, parecia uma aventura fascinante a se experimentar. E como eu achava descoladas aquelas pessoas do ensino médio! Pelo simples fato deles serem mais altos e serem os melhores em qualquer esporte. Acho que esse fascínio durou até a sexta série, quando percebi que as diferenças entre os curtos espaços de idade, não me diferiam tanto assim deles. Principalmente, quanto à insegurança.
 
Fora os amigos que a gente faz e desfaz, as vezes que você se sente completo e feliz e, logo depois, vazio e solitário. Ah, a adolescência. A minha, que nem acabou e já sinto saudades. Lendo o histórico do blog, vejo o quanto mudei e ao mesmo tempo continuo a mesma. Mesmo com 16 anos (mas com cara de 12 hahah) quase recém completos, vejo que envelhecer é a condição para se continuar vivo. Não há outra opção. E isso ainda me parece um pouco assustador.
 
E ano que vem, que está cada vez mais próximo, embarco em meu último ano do ensino médio. O tal do terceiro ano. Aquele monstro urbano que a gente ouve falar na televisão e está mais próximo do que se imagina. Decisões tão importantes e ao mesmo tempo tão provisórias a serem tomadas, que não se resumem mais a difícil escolha de qual lápis-de-cor escolher para colorir aquele desenho que a gente imprimiu no computador.
 
Por fim, vejo o quão difíceis são os passos largos para os nostálgicos. Ah, a nostalgia.